Toda segunda quinta feira do ano é dia de muita fé em Salvador. Dia homenagear aquele que talvez seja o maior protetor dos baianos.

A estimativa é de que cerca de um milhão de pessoas compareceram no cortejo que partiu da Igreja de Nossa Senhora da Conceição da Praia, ali no pé do elevador Lacerda, e prolongou-se até as escadarias no alto da colina sagrada, para pedir a benção ao Senhor do Bonfim.

Muitos estavam ali para agradecer às graças alcançadas e pedir proteção nesse ano que se inicia. Mais nem só de fé foi o dia. Na verdade esse pode considerado o primeiro dia do calendário soteropolitano em que o sagrado e o profano se embaralham. Turistas, curiosos, fanfarras, shows de banda de axé e os mais variados protestos podiam ser vistos em diferentes pontos do percurso. Juntavam-se a estes políticos carregando consigo centenas de partidários ostentando as siglas e as cores do partido que só não estavam mais ornamentados dos que os jegues, já que é difícil ficar mais enfeitado do que jegue na lavagem do Bonfim.

Dentre todos, porém, destaque merecido se deve as baianas. Elas são as grandes estrelas do cortejo e as mais cobiçadas do dia. Alinhadas com todo o capricho especial que a data requer, elas não mediram esforços ao carregarem seus arranjos de flores, vassouras e potes de água de cheiro na cabeça durante os cerca de 7 km até o alto da colina sagrada, onde finalmente realizaram a tão esperada lavagem das escadarias.

Em homenagem às baianas, montamos essa coleção dedicada exclusivamente a elas que abrilhantam a cada ano a lavagem do Bonfim.

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